Cultura Digital e Meio Ambiente

A Assembleia realizada hoje contou com a participação de diversos membros, embora tenha havido uma baixa de participantes inicialmente. Ao longo do debate, houve a inclusão de pessoas não bolsistas que também contribuíram significativamente para as discussões. Um dos principais pontos abordados foi a necessidade de promover a inclusão digital nas escolas e desenvolver o letramento digital como meio de desenvolver uma visão crítica em relação ao uso de software livre.

Durante as falas, também foi ressaltada a importância de considerar a perspectiva dos resíduos sólidos produzidos pelas tecnologias. Desde o início da discussão, destacou-se a importância da inclusão digital, porém, Gabriel ressaltou o esvaziamento dessa perspectiva, enfatizando a abordagem mais ampla e moderna do letramento digital. Edu trouxe a discussão sobre a educação tecnológica e midiática, considerando também os aspectos de financiamento e políticas públicas.

Em relação à pandemia, foi mencionado que muitas iniciativas estão voltadas para o lucro, tornando tudo muito caro, principalmente para as comunidades menos privilegiadas. A autonomia na gestão tecnológica das comunidades mais remotas também foi abordada, com destaque para a importância do mapeamento dos projetos existentes nessas comunidades para facilitar o acesso.

Nesse contexto, foi ressaltada a cultura viva das comunidades, que se apropriam das tecnologias, e a necessidade de proteger essas técnicas e tecnologias. Núbia ressaltou a questão do acesso, destacando a discriminação e a necessidade de soluções pontuais para garantir a inclusão digital. Nora contribuiu discutindo a cultura digital do ciberativismo e a importância de desenvolver programação de forma autônoma, evitando depender de grandes plataformas e buscando evitar hackeamentos.

Outro debate recorrente foi sobre o lixo eletrônico e a necessidade de conscientizar as pessoas para reverter o retrocesso dos últimos quatro anos de governo. Edu ressaltou novamente a importância da cultura e enfatizou que a educação não pode ser medida apenas por resultados. Gabriel também contribuiu com a questão do acesso aos equipamentos e destacou a visão das grandes empresas de tecnologia que veem nossos territórios como fontes de recursos para o desenvolvimento dessas tecnologias. Ele ressaltou a importância dos hardwares livres e da reciclagem, capacitando as pessoas para reutilizar os materiais existentes.

Foi mencionado o desafio de entender essas questões dentro de nossas regiões, considerando os limites de acesso já existentes. A questão do acesso também foi destacada como um desafio, especialmente para garantir a sobrevivência das comunidades com essas tecnologias. Foi enfatizada a necessidade de conscientizar as pessoas sobre a existência de outras opções de acesso, buscando uma internet de qualidade que chegue a todos, além de trazer a perspectiva das cidades inteligentes para a narrativa.

Outro tema discutido foi o lixo eletrônico e a necessidade de despertar a conscientização sobre seu impacto ambiental. Foi ressaltada a importância de trazer as iniciativas que já estão sendo desenvolvidas para dentro da discussão, reconhecendo e valorizando seu trabalho. Liliane contribuiu enfatizando a importância da garantia mínima de acesso e do papel das florestas na diferenciação dos territórios.

Durante a assembleia, várias iniciativas governamentais foram mencionadas, como o Programa Gsac, que busca proteger os dados e a infraestrutura de armazenamento, além de promover a criação de inteligência artificial a partir do conhecimento e das necessidades das comunidades. Fábio Almeida trouxe uma perspectiva concreta, mencionando que o Estado de Roraima é a capital sem acesso à internet pública, onde 68% dos usuários possuem celulares pré-pagos. Ele ressaltou a realidade da internet comercializada, não colonizada.

A síntese das principais ideias e propostas debatidas é a seguinte:

Inclusão Digital e Letramento Digital:

• Destacou-se a importância de promover a inclusão digital nas escolas e desenvolver o letramento digital para capacitar as pessoas a terem uma visão crítica em relação ao uso de software livre.

• Foi ressaltada a necessidade de uma abordagem mais ampla e moderna do letramento digital, além da inclusão digital em si.

• Houve ênfase na autonomia na gestão tecnológica das comunidades remotas e a importância de mapear os projetos existentes nessas comunidades para facilitar o acesso.

Educação Tecnológica e Midiática:

• A discussão abrangeu a importância de considerar aspectos de financiamento e políticas públicas relacionadas à educação tecnológica e midiática.

• Enfatizou-se que a educação não deve ser medida apenas por resultados, mas também pela valorização da cultura e formação crítica dos indivíduos.

• Destacou-se a necessidade de conscientizar sobre o lixo eletrônico e promover a reciclagem e reutilização de materiais.

Acesso e Desafios Tecnológicos:

• A questão do acesso à tecnologia foi um dos temas recorrentes, especialmente para comunidades menos privilegiadas. Foram propostas soluções pontuais para garantir a inclusão digital e conscientizar sobre outras opções de acesso.

• A importância de uma internet de qualidade que alcance todos os segmentos da sociedade foi ressaltada, assim como a perspectiva das cidades inteligentes para tornar essa realidade possível.

• Também se discutiu o desafio de entender essas questões dentro das diferentes regiões e considerar os limites de acesso já existentes.

Preservação Ambiental e Lixo Eletrônico:

• Houve uma conscientização sobre o impacto ambiental do lixo eletrônico e a necessidade de reverter o retrocesso dos últimos anos.

• Propôs-se trazer iniciativas já em andamento para a discussão, valorizando seu trabalho e buscando soluções para o problema do lixo eletrônico.

• Destacou-se a importância das florestas na diferenciação dos territórios e a necessidade de garantir um acesso mínimo para todos.

Iniciativas Governamentais e Proteção de Dados:

• Foram mencionadas iniciativas governamentais, como o Programa (Gesac) é um programa do Governo Federal, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações - MCTIC, que oferece gratuitamente conexão à internet em banda larga - por via terrestre e satélite, com o objetivo de promover a inclusão digital em todo o território brasileiro.

• Foi destacada a importância de proteger os dados e garantir a privacidade na era digital.