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Alterações em "Proposta de Atividade para 4aCNC: A ancestralidade na cultura digital brasileira: do princípio ao porvir "

Foto: Uirá Porã Uirá Porã

Título

  • +{"pt"=>"Proposta de Atividade para 4aCNC: A ancestralidade na cultura digital brasileira: do princípio ao porvir "}

Descrição

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    A ancestralidade na cultura digital brasileira: do princípio ao porvir 

    Em disputa à concepção da cultura digital como um conjunto de linguagens que operacionalizam a digitalização da vida e a aceleração dos usos de nossas riquezas culturais, naturais e simbólicas, pensar sobre a ancestralidade nos remete justamente a um espaço-tempo mais seguro, mais perene e menos predatório de reflexão sobre os saberes que estão construindo e fundamentando o digital para além de sua potência técnica, como um movimento propulsor da vida e da cultura de uma sociedade.

    Ao contrário do que nos querem fazer crer os discursos distópicos e as engrenagens de produção cultural já totalmente capturadas pelo capitalismo hiperconectado, a cultura digital não brotou do nada e não se configura como um território sem lei ou sem guardiões. Existem no Brasil e no mundo diversos sujeitos, coletivos e projetos que desde sempre cultivam o digital em toda a sua potência democrática e horizontal, e constroem dinâmicas na direção de uma existência plural, cidadã e soberana, apropriando-se da internet e dos dados organizados e mobilizados a favor da vida e da integridade humana.

    Reconhecer a ancestralidade da cultura digital, e os caminhos que ela propõe para a criação sustentável de tecnologias, constitui-se, portanto, como um movimento em direção da compreensão da memória como um fundamento também deste campo, com suas formulações habitando e mobilizando imaginários e concretudes. E, assim, prosseguir e fortalecer a oferta de metodologias e tecnologias de colaboração, participação e pertencimento, com lastro nos territórios e saberes originários, produzindo inovações pelo potencial de promoção de intersecções no trabalho em rede.

    Duração: 120 min

    Debatedores: 

    • Ministra Margareth Menezes: cantora, compositora, atriz, gestora cultural, empresária e atual ministra da Cultura do Brasil. É considerada uma das 100 mulheres negras que mais influenciam no mundo pela Most Influential People of African Descent (MIPAD), instituição reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e é membro da IOV Unesco como embaixadora da Cultura Popular.
    • Mestre TC Silva: É um dos fundadores da Casa de Cultura Tainã, entidade cultural e social fundada em 1989, na periferia da cidade de Campinas (SP), para possibilitar o acesso à informação, fortalecer a prática da cidadania e a formação da identidade cultural dos indivíduos. Em 2002, foi condecorado com o prêmio de honra ao mérito cultural pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva.
    • Mestra Mãe Beth de Oxum: É uma ialorixá, percussionista brasileira, juremeira, comunicadora popular, ativista cultural, mestra coquista, articuladora e realizadora do Coco de Umbigada, no bairro do Guadalupe. Em sua casa funciona o ponto de cultura Coco de Umbigada[3], e o Terreiro Ilê Axé Oxum Karê. Foi orientadora do projeto de extensão “Laboratórios de Cidades Sensitivas - um espaço de pesquisa-ação sobre tecnologia, cultura e sociedade”.
    • Mestra Laureni Ataide: É produtora cultural e atua em instituições ligadas à Cultura Popular dos Pássaros Juninos do Pará, como o Cordão de Pássaros Colibri de Outeiro, Associação Folclórica e Cultural Colibri de Outeiro, Ponto de Cultura Ninho do Colibri e Museu dos Pássaros e Bichos. Em 2006 recebeu o título de \"Mestra de Cultura Popular\" por Auda Piani Tavares e Silvio Lima Figueiredo, no livro \"Mestres da Cultura”.
    • Mestre Claúdio Prado: É um visionário. Já compunha a comissão de frente da contracultura dos anos 70. À convite de Gil, como ministro da Cultura, refletiu sobre a aplicação da tecnologia digital nas manifestações culturais do país. Surgiu o encontro entre a alta tecnologia dos Pontos de Cultura com as distribuições de kits multimídias e oficinas de alfabetização digital pelo país. É um dos criadores do Laboratório Brasileiro de Cultura Digital. Lá atrás, anunciou “A era digital é um rito de passagem da humanidade para a transformação pela qual precisamos passar”. Passamos?
    • Beá Tibiriçá: É diretora geral do Coletivo Digital, organização não governamental que desde 2005 atua com software livre, cultura e inclusão digital para o aprofundamento da democracia e da participação popular. Atuou em políticas e programas de inclusão digital, como os Telecentros. Já foi premiada como personalidade do ano pela revista A Rede e reconhecida no prêmio Destaques no Fórum da Internet Brasileira.
    • Mestra Tarcisa Bega: É coordenadora do Laboratório de Cultura Digital da UFPR. Graduação em Ciências Sociais pela UFPR, com mestrado e doutorado em Sociologia pela USP e pós doutorado pela Universidade de Lisboa. É professora atuante. Foi coordenadora de Extensão, Pró-Reitora de Extensão e Cultura, Vice-Reitora e Diretora do Setor de Ciências Humanas e chefe do departamento de Sociologia.
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