Avançar para o conteúdo principal

Configurações de cookies

Utilizamos cookies para garantir as funcionalidades básicas do site e para melhorar sua experiência on-line. Você pode configurar e aceitar o uso dos cookies, e modificar suas opções de consentimento, a qualquer momento.

Essencial

Preferências

Analítica e estatística

Publicidade

1º DIA DE ENCONTRO PLANTAFORMAS AMAPÁ

Foto: Luisa da Silva Luisa da Silva

Durante os dias 12, 13 e 14, a cidade de Macapá é o lugar do 3º Encontro do Movimento Plantaformas, confluindo pessoas de todos os territórios da Amazônia Amapaense. Com lideranças comunitárias que debatem governança e políticas públicas a partir do protagonismo de narrativas dos povos da Amazônia. Ancestralidade, Clima e Participação Social é o tema deste encontro, movimentos como o Coletivo Utopia Negra Amapaense, com Paulo Cardoso, e a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, de Rondônia, com Neidinha Suruí, foram lideranças presentes no primeiro dia de debates.

Roda de conversa da abertura oficial abre falas com Neidinha Suruí

Foto: Agência Aruã.

Na roda de conversa “Projetos, editais e articulação de fortalecimento territorial e em rede de colaboração”, João de Barros, militante do campo da cultura no estado do Amapá, trouxe um debate sobre a retomada do povo negro dentro das políticas públicas de cultura nas Amazônias. Em sua fala, destacou a importância de projetos de autoria do povo negro e articulações como ferramentas essenciais ao fortalecimento territorial e ao envolvimento cultural. João enfatizou que há uma nova visão e que há um momento de gestão de novas políticas de editais no Amapá e no Brasil, convocando todes à ação e instigando à participação ativa: “Que a gente também participe e construa e, sem dúvida, acesse esse novo momento ao qual durante muito tempo a gente foi negado”.

João de Barros, conselheiro estadual de cultura (AP) e presidente da comissão do CEIC.

Foto: Agência Aruã.

A presença de Pí Suruí, militante indígena do povo Paiter Suruí, trouxe uma perspectiva vital ao diálogo. Pí enfatizou os espaços de (re)ocupação pelos povos indígenas na atualidade. Expressou a necessidade de formação técnica para sustentar essas ocupações, observando que, embora as formações políticas sejam fundamentais e já dominadas, a carência de conhecimentos técnicos pode ser uma barreira significativa. Sua chamada por uma formação ampla, que abranja tanto o aspecto político quanto o técnico, com preparação adequada a superar os desafios contemporâneos.

Na programação noturna, a mística de abertura oficial contou com o Grupo de Marabaixo Raízes da Favela Dica Congó e a poesia do artista Enpretiadu, com rimas sobre a vivência em sua micropolítica cotidianas. Na roda de conversa de abertura oficial “Colaboração, confiança e cuidado: valores ancestrais de trabalho e luta”, Neidinha Suruí evidencia que atualmente se vive uma guerra de narrativas na Amazônia e que é preciso seguir a direção do povo indígena em ocupar todos os espaços. Mestra Elísia Congó, ativista do movimento negro amapaense e do Marabaixo na região, coloca que as consideradas “minorias” sociais (pessoas negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras) são a maioria das populações da Amazônia, e do Brasil.

Assim, o primeiro dia do 3º Encontro do Movimento Plataformas em Macapá abriu a roda de governança e políticas públicas comunitárias acendendo uma chama de ação e transformação. Foi um dia em que vozes diversas se entrelaçaram em um diálogo construindo caminhos possíveis a uma sociedade mais justa, inclusiva e consciente de sua diversidade cultural e étnica.


*Autoria: Luisa da Silva, confluentes do Movimento Plantaformas no estado do Pará.

Denunciar um problema

Este conteúdo é impróprio?

Motivo:

Carregando comentários...

Entre com sua conta ou cadastre-se para adicionar seu comentário.

Confirmar

Por favor, entre

A palavra-passe é demasiado curta.

Compartilhar