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Dia 2 – Encontro do Movimento Plantaformas em Manaus (AM)

[Parte 1]

No segundo dia de Encontro, o clima estava permeado pela expectativa dos participantes, que se reuniam ansiosos para dar sequência às discussões do dia anterior e para buscar novas oportunidades de aprendizado e engajamento.

A atmosfera vibrante do encontro se fazia sentir desde cedo, com as vozes animadas e os sorrisos que iluminavam os rostos dos presentes. Era evidente o senso de comunidade e conexão que se estabelecia entre os participantes, vindo de diferentes regiões e movimentos sociais, unidos pelo objetivo comum de promover a justiça ambiental e social na Amazônia.

A manhã começou com a roda "Futuros Originários e Espaços de Resistência", moderada por Sayô Adinkra. Nesse espaço de diálogo, cada intervenção foi como uma peça de um quebra-cabeça, contribuindo para uma visão mais completa e profunda da importância da preservação dos territórios com base nos princípios de ancestralidade e soberania dos diferentes povos da Amazônia.

Fonte: Acervo Movimento Plantaformas

A liderança Maria Alice Karapãna, em suas palavras carregadas de memórias e sabedoria, destacou a importância da conexão com a natureza e com nossa própria essência. Sua reflexão sobre os ensinamentos de sua mãe ressaltou a importância de estarmos atentos aos sinais da natureza e de valorizarmos as experiências compartilhadas em comunidade.

André Cavalcante, fotógrafo e ativista manauara, trouxe à tona a necessidade urgente de preservar não apenas o meio ambiente, mas também as tradições culturais e os conhecimentos ancestrais transmitidos ao longo das gerações. Sua menção aos confrontos ecoou como um chamado à ação, lembrando-nos dos desafios enfrentados pelas comunidades na defesa de seus territórios e modos de vida.

Moy, com sua profunda ligação com a Amazônia enquanto mulher indígena Sateré-Mawé, ressaltou a necessidade de resistir à ganância e de proteger os territórios ancestrais. Sua fala foi um lembrete poderoso da importância de preservar a floresta não apenas como um recurso natural, mas como um tesouro de sabedoria e vida.

Karen, representando a Casa Amiga (LGBTQAPN+), trouxe uma perspectiva única ao reconhecer o papel fundamental do movimento indígena na defesa da terra e da justiça ambiental. Sua reflexão foi como um convite à humildade e ao aprendizado mútuo entre diferentes lutas e movimentos sociais.

Gabriel Verçosa, do ICP e Movimento Plataformas, compartilhou sua experiência pessoal como descendente do povo das diásporas, destacando os desafios enfrentados pelo povo indígena na luta contra o genocídio e a exploração de seus territórios. Sua voz foi uma chamada à ação, lembrando-nos da importância de reconhecer e valorizar os conhecimentos e práticas tradicionais dos povos originários.

Pai Luiz Fernando de Badé, ativista do movimento negro, trouxe também a roda uma reflexão profunda sobre a necessidade de união e solidariedade na luta pela existência. Sua experiência de 27 anos na Amazônia ressaltou os desafios enfrentados pelas comunidades e a importância de nos unirmos para superá-los.

Fonte: Acervo Movimento Plantaformas

[continua na próxima publicação]

*Autoria: Gyulle Anne Cunha, confluente do Movimento Plantaformas no estado de Roraima.

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