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Dia 3 – Encontro do Movimento Plantaformas em Manaus (AM)

No terceiro dia do 4º Encontro Plataformas – Edição Amazonas, a manhã foi marcada por um mergulho profundo na temática das Tecnologias Ancestrais como resposta à crise colonial, destacando a importância dos saberes e técnicas tradicionais dos diversos povos da Amazônia para a sustentabilidade dos territórios. Conduzido por Sayô Adinkra e Gabriel Verçoza, o debate foi enriquecido pelas contribuições de diversos participantes.

Mestre Chico Bento, natural de Belo Horizonte/MG e residente há mais de 20 anos em Manaus/AM, compartilhou suas experiências na Capoeira Angola, evidenciando como essa prática contribui para a desconstrução dos valores cristãos e atua como um espaço de resistência. Ele ressaltou a importância da documentação, tanto nas câmaras legislativas quanto em outros espaços, enfatizando a necessidade de unir as "árvores espalhadas" e reflorestá-las, tanto no sentido agrícola quanto metafórico.

Nei Mura, do Hip Hop da Floresta, de Porto Velho/RO, trouxe reflexões sobre a tecnologia da oralidade e sua importância na transmissão geracional das narrativas. Mãe Fernanda destacou o papel da ancestralidade na cura, ressaltando a riqueza dos recursos naturais fornecidos pela natureza e seu trabalho com formação para a profissionalização das pessoas trans – durante a pandemia de Covid-19, ela utilizou seus conhecimentos em ervas medicinais para aliviar sintomas, demonstrando o papel crucial da escuta e do cuidado na ritualística dos saberes tradicionais.

A roda também foi marcada por momentos emocionantes, como o relato de Sayô sobre sua experiência com parteiras em uma comunidade, onde muitas enterravam as placentas das crianças aos pés de uma árvore. A ideia de que essas crianças, ao crescerem e se sentirem perdidas, eram levadas de volta à mesma árvore onde suas placentas foram enterradas para se reconectarem provocou uma reflexão profunda e emocionante entre os presentes.

Fonte: Acervo Movimento Plantaformas

A oficina "Espia Só: Mapeamento territorial participativo" explorou o uso de ferramentas livres para o mapeamento participativo. Gabriel e as meninas do IPC lideraram a atividade de forma sincronizada e organizada, proporcionando uma experiência enriquecedora aos participantes. A condução clara e dedicada da oficina permitiu uma interação colaborativa, promovendo o compartilhamento de ideias e experiências para capacitar os participantes na área de mapeamento territorial.

Fonte: Acervo Movimento Plantaformas

Ainda no último dia, um momento que me chamou muita atenção foi na oficina de apresentação da Plantaformas, da ferramenta, em que Luiz Sanches, coordenador de Tecnologias Digitais da Planta, nos pede em roda para tirarmos o sapato e darmos as mãos. Então a gente inicia uma caminhada dentro da cúpula do local do encontro e a gente faz esse percurso entre as bandeiras de todos os estados brasileiros, os dois bois representando o município de Parintins – o boi Garantido e o Caprichoso – e uma amostra de esculturas bem realistas de indígenas. Saindo da cúpula, a gente tem uma rampa e em cima andamos ao redor da cúpula pelo lado de fora, que tem tapeçarias representando as etnias indígenas de todo o território amazônico. E, ao final, fizemos uma grande roda onde cada pessoa falava o que sentiu, trazia palavras e contextos, pensamentos que todo o percurso tenha provocado em si, e isso foi muito interessante. E para finalizar, de fato, houve uma roda de capoeira pela parte da noite, encerrando as atividades do terceiro dia.

Autoria: Gyulle Anne Cunha, confluente do Movimento Plantaformas no estado de Roraima.

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