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Esta proposta foi aceita porque:
Ancestralidade como Base do Futuro Digital
Lucas Santos
Aceita
Esta proposta explora a relação entre ancestralidade milenar, cultura digital e a preservação da memória coletiva. Destacamos a importância de conhecimentos dos povos originários e africanos da diáspora na construção de uma cultura digital atenta aos desafios contemporâneos.
A lógica capitalista atual das redes públicas de conteúdo motiva a coleta e comercialização dos dados e da atenção dentro de plataformas centralizadas. Isso resulta em uma cultura digital efêmera e orientada para o curto prazo, que não atende às necessidades de sustentabilidade e que não trabalha pela preservação da memória coletiva a longo prazo.
Precisamos minimizar os riscos de novos apagões digitais, como os do Geocities e Orkut, só para citar alguns exemplos de impacto global.
Buscamos uma cultura digital que transcenda a lógica capitalista imediatista, focando na permanência em detrimento da efemeridade. O objetivo é estabelecer uma perspectiva que contempla passado, presente e futuro, em espiral.
Apresentamos uma proposta de debate sobre o fomento de metodologias contemporâneas e ferramentas de TICs decoloniais inspiradas em práticas milenares, buscando criar as condições para a integração de memórias, evitar fragmentações e fortalecer uma cultura digital econômica e socialmente sustentável, à prova de futuro.
Há uma demanda urgente por pensar estrategicamente em como preservar as memórias individuais, coletivas e organizacionais por sobre o caminhar dos anos. Reconhecemos a responsabilidade dos pensadores da cultura digital nacional em olhar para além das lutas diárias, não é uma tarefa fácil otimizar o dia a dia hoje e também planejar o acesso responsável à informação daqui a 200 anos.
Acreditamos que essa abordagem coletiva de inspiração ancestral impulsionará o florescer do futuro, preservando e promovendo a riqueza do rizoma cultural brasileiro à longuíssimo prazo.
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