Dia 2 – Encontro do Movimento Plantaformas em Manaus (AM)
[Parte 2]
Na dinâmica "Papo Reto | Inspiração que vem da periferia", moderada por Jander Manauara, quatro cadeiras foram dispostas ao centro para um diálogo coletivo sobre questões de soberania digital, cuidado, cura e estratégias de resistência. O foco estava em levar a luta para a periferia e escutar as perspectivas das comunidades sobre políticas de adaptação climática.
A discussão se estendeu para além das questões ambientais e sociais, adentrando no âmbito das relações humanas e do ativismo cotidiano. Surgiram reflexões profundas sobre a importância de estender a luta à periferia, onde muitas pessoas, mesmo imersas em desafios como a dependência química, não estão cientes das batalhas travadas pelos movimentos sociais. A necessidade de ir até esses espaços, de compartilhar experiências e mostrar solidariedade emergiu como um ponto crucial na construção de uma base mais ampla e inclusiva.
Fonte: Acervo Movimento Plantaformas
Após retornarmos de um delicioso almoço preparado com carinho por Dona Socorro e sua equipe maravilhosa, nos reunimos novamente para participar de uma das rodas "Resiliência Climática Periférica no Amazonas", moderada por Alice e Don, mergulhou em questões urgentes relacionadas à adaptação às mudanças climáticas e à construção de estratégias de resistência. As intervenções dos participantes foram como faróis, iluminando caminhos de esperança e ação em meio às incertezas do futuro.
Mel, representante do Minha Maloca, destacou a importância de mapear e fortalecer as organizações locais nas comunidades periféricas de Manaus. Sua fala foi um lembrete poderoso do potencial transformador das iniciativas comunitárias e da importância de se unir em busca de soluções coletivas.
Maria Cunha, do Movimento Social Caroari e do Instituto Juruá, ressaltou a importância da comunicação e do fortalecimento das bases locais na luta pela justiça ambiental e social. Sua voz foi como um eco das vozes das comunidades ribeirinhas, clamando por dignidade e reconhecimento.
Lorena, do Instituto Oca, trouxe uma reflexão profunda sobre o empoderamento das mulheres nas comunidades periféricas de Manaus. Sua fala foi um testemunho vivo da resiliência e da determinação das mulheres em enfrentar os desafios e construir um futuro mais justo e sustentável.
João Paulo, como representante da FOIN (Rede Wayuri), compartilhou uma história inspiradora sobre o papel da comunicação e da rádio Web Online na promoção da conscientização ambiental em São Gabriel da Cachoeira. Ele destacou como a iniciativa começou com uma simples oficina sobre noções de fotografia, ministrada durante a época da seca.
Após receberem a oficina, João Paulo e seus colegas foram a campo para aplicar o que aprenderam. Durante essa experiência, uma das alunas capturou uma foto que chamou atenção devido à quantidade de sujeira visível. Isso motivou a equipe a organizar um dia de limpeza no seu território. Elas estão realizando ações de conscientização com placas em diferentes línguas, adaptadas para cada comunidade, para ajudar seus parentes.
Fonte: Acervo Movimento Plantaformas
Ao final do dia, compreendemos que o Encontro não apenas fortaleceu os vínculos entre os participantes, mas também reafirmou o compromisso coletivo com a proteção da Amazônia e de seus habitantes. As lições aprendidas e as conexões estabelecidas durante o encontro servirão como inspiração e orientação para as futuras ações em prol da justiça ambiental e social em nossas regiões
*Autoria: Gyulle Anne Cunha, confluente do Movimento Plantaformas no estado de Roraima.
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