Proposta para programa de políticas públicas para preservação de memórias digitais soberanas
Fomentar iniciativas, projetos e parcerias entre os mais diversos setores da sociedade — governamental, empresarial, científico e comunitário — priorizando arranjos cooperativos, transparentes, solidários, diversos e distribuídos, focados na inovação em infraestruturas de rede, hardware e software livre, nuvens e serviços de código aberto, em ambientes saudáveis, com dados seguros e soberanos, como estratégia para a preservação de memórias individuais, coletivas e institucionais ao longo do tempo, numa abordagem coletiva, inspirada em práticas milenares e ancestrais, impulsionadoras do florescimento do futuro, da circulação de bens culturais e da preservação do rizoma cultural brasileiro a longo prazo.
A proposta tem a intenção de destacar a importância da Cultura Digital como expressão de um modo de vida em rede, tanto online quanto offline. A mesa que a originou refletiu sobre os desafios políticos para preservar essa memória digital, expondo a necessidade de uma "internet orgânica", que destaca técnicas como a da oralidade na transmissão de conhecimentos. Ressaltou também a necessidade de se superar a lógica capitalista imediatista que caracteriza as mídias sociais atuais, na busca por uma cultura digital que transcenda a efemeridade, promovendo a permanência e integrando memórias passadas, presentes e futuras, reconhecendo a responsabilidade dos pensadores e fazedores de cultura digital nacional nesse processo.
Créditos:
Colheita realizada pelo Comitê de Governança Colaborativa da Rede da Cultura Digital, a partir de saberes partilhados na mesa "Terra Preta - Identidade, patrimônio e memória", realizada em 25/01/2024
Com participação de: Fabs Balvedi, TC Silva, Nadia Prestes, Lucas Santos, Dalton Martins, Ygá, Carlos Henrique Paulino e Paulo Carretta.
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