Ninho do Colibri

O Ponto de Cultura Ninho do Colibri, localizado na ilha de Caratateua, em Belém do Pará, destaca-se por sua incansável busca pela valorização, preservação e divulgação da cultura dos Pássaros Juninos, Cordões de Pássaros e Cordões de Bichos do Pará. O espaço abriga o Museu dos Pássaros, reconhecido pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), e o Ponto de Memória Mestra Laurene, reconhecido pelo Ecomuseu da Amazônia.

Através de projetos de resgate, criação e revitalização dessa rica manifestação cultural, o espaço se firma como um importante centro de referência e resistência. Os Festivais de Pássaros e Bichos, que já contam com três edições, sendo a última realizada no prestigiado Theatro da Paz em 2024, são exemplos do compromisso do Ponto de Cultura com a promoção e celebração dessa tradição.

História

O Ponto de Cultura Ninho do Colibri foi fundado em 1971 por Teonila Ataide, com o nome de Pássaro Beija-Flor de Icoaraci, com o objetivo de contribuir com o processo de preservação da Cultura Popular Folclórica Paraense. Em 1998, após o falecimento de sua fundadora, seus filhos Laurene da Costa Ataide e Lourival da Costa Ataíde assumiram o cordão. Em 2002, o grupo passou a se chamar Cordão de Pássaro Colibri de Outeiro. Em 2008, foi fundada a Associação Folclórica e Cultural Colibri de Outeiro (ASFOCCO).

Desde 1999, o Ponto de Cultura é coordenado pela Mestra e Guardiã Laurene Ataíde, que tem se dedicado a manter viva a tradição dos cordões de pássaros e a promover outras atividades culturais no espaço.

Reconhecimento

O reconhecimento das atividades culturais desenvolvidas pelo grupo desde 1971 e sua intitulação como Ponto de Cultura foi aprovado em 2009 pelo Governo do Estado do Pará e o reconhecimento do Governo Federal, através do Ministério da Cultura, em 2014, com base nos critérios da Lei Cultura Viva.s e premiações.

Atividades

O Ponto de Cultura Ninho do Colibri desenvolve diversas atividades culturais, tais como:

• Resgate, criação e revitalização de grupos de Pássaros, Cordões de Pássaros e Bichos Juninos no Pará;

• Oficinas de música, dança, teatro e artesanato;

• Apresentações do Cordão de Pássaro Colibri de Outeiro, um grupo folclórico que se dedica à dança e à música dos cordões de pássaros;

• Escolinha de Ballet O Voo do Colibri, que oferece aulas de ballet e dança contemporânea para crianças, adolescentes e adultos da comunidade;

• Eventos como o Festival do Cordão de Pássaro, que reúne grupos de cordões de pássaros de toda a região;

• O Cine Colibri, que oferece sessões de cinema gratuitas para a comunidade;

• Biblioteca comunitária;

• Museu dos Pássaros, reconhecido pelo IBRAM;

• Ponto de Memória Mestra Laurene

Importância

O Ponto de Cultura Ninho do Colibri é um espaço fundamental para a valorização da cultura popular e tradicional da Amazônia. As atividades realizadas nesse local são essenciais para a preservação dos cordões de pássaros e bichos, uma manifestação cultural única do Pará. Além de proporcionar à comunidade acesso à cultura e ao lazer, o Ponto de Cultura Ninho do Colibri desempenha um papel significativo na geração de renda e no desenvolvimento da economia criativa na ilha de Caratateua.

Por meio de uma variedade de atividades e projetos, o Ponto de Cultura oferece aos moradores locais a oportunidade de aprimorar suas habilidades, gerar renda e prestar serviços, especialmente durante os festivais. O compromisso do Ponto de Cultura Ninho do Colibri com a comunidade é evidente, priorizando o fornecimento de alimentos e serviços como fotografia, costura, personalização, iluminação e sonorização, sempre que consegue patrocínio para viabilizar a contratação de profissionais e a aquisição de insumos.

Assim, o Ponto de Cultura Ninho do Colibri não apenas enriquece a vida cultural da região, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico e social da comunidade.

Manutenção

O Ponto de Cultura Ninho do Colibri, como muitas outras iniciativas culturais, depende de projetos e patrocínios para manter e realizar suas atividades. Essa dependência é comum no setor cultural, onde o financiamento é muitas vezes instável e incerto. Os projetos culturais são essenciais para garantir o financiamento de atividades específicas, como oficinas, festivais, apresentações e outras iniciativas

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